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12.11.2024 - 10h39 Por Bahia EconÔmica
 
Caetité: Bamin, incluindo a Fiol, pode ser vendida a Vale. Veja o valor que a empresa pede pelo ativo
 
 
Caetité: Bamin, incluindo a Fiol, pode ser vendida a Vale. Veja o valor que a empresa pede pelo ativo
 

O complexo da Bahia Mineração (Bamin), formado pela mina Pedra de Ferro, em Caetité (BA), por um trecho da ferrovia Oeste-Leste (Fiol) e por um terminal portuário em Ilhéus (BA), está sendo avaliado pela Mineradora Vale, com aval do governo federal.

O negócio conta com duas “alavancas” para sair do papel. A primeira é a liberação de financiamentos por parte de instituições financeiras públicas ou de verbas do próprio Orçamento. Já a segunda envolve um plano de aquisição da empresa, que desde 2010 é controlada pela Eurasian Resources Group (ERG), com origem no Cazaquistão e sede em Luxemburgo. A compra da empresa está sendo estudada pela Vale.

A Bamin está pedindo US$ 1,2 bilhão pela empresa, o equivalente a R$ 6,5 bilhões que, segundo ela, é o valor que aportou até hoje na companhia.

Esse valor não considera o que o grupo pagou na compra da empresa, em 2008 e 2010, um total de US$ 1 bilhão (cerca de R$ 1,7 bilhão, com base na cotação do dólar à época).

A compra do complexo industrial está sendo analisada dentro da Vale pela diretoria de fusões e aquisições. A aquisição se daria por meio de um consórcio, que envolveria também a Cedro, uma mineradora de médio porte de Minas Gerais, e o BNDESPar, o braço de investimentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

O desenho preliminar do negócio prevê que a Vale ficaria com 50% a 60% do capital, a Cedro com algo entre 20% e 30% e o BNDESPar, até 20%. O controle da sociedade seria compartilhado, por se tratar de uma joint venture. Nesse desenho, a mineradora baiana teria uma gestão operacional independente.

Para ficar mais atrativa, a empresa recebeu um impulso do governo federal e, no fim de setembro, ganhou prioridade para um empréstimo de R$ 4,6 bilhões do Fundo da Marinha Mercante (FMM). O objetivo é ajudar a viabilizar a construção do Porto Sul, terminal portuário em Ilhéus, cujo investimento é orçado em US$ 1,3 bilhão (R$ 7,1 bilhões). As obras do Porto Sul e do trecho da Fiol estão praticamente paralisadas neste momento.

O BNDES será o agente financeiro que viabilizará o crédito, mas não há aprovação para o projeto até o momento. Em 120 dias, a Bamin terá de apresentar o plano e o cronograma de desembolsos. A Vale, a Cedro e a Bamin informaram que não comentam o assunto.

A notícia de que a Vale poderia comprar a empresa, que foi antecipada pelo portal Bahia Econômica (aqui) , foi confirmada em reportagem do jornal O Estado de São Paulo deste domingo.

 
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